O piloto neozelandês Liam Lawson afirmou estar surpreso com sua saída da equipe principal da Red Bull após apenas duas corridas nesta temporada. No entanto, garantiu que segue determinado a deixar sua marca na Fórmula 1, agora defendendo a equipe júnior Racing Bulls.

Aos 23 anos, Lawson foi escolhido como companheiro de equipe do tricampeão mundial Max Verstappen, mesmo com apenas 11 corridas anteriores como substituto. No entanto, na última semana, ele foi substituído por Yuki Tsunoda e realocado à Racing Bulls. A decisão pegou o piloto de surpresa, especialmente após resultados modestos nas primeiras etapas: ele se classificou em 18º na Austrália e abandonou a corrida; já na China, largou em último tanto no sprint quanto na corrida principal.

“Recebi uma ligação me informando sobre a mudança”, disse Lawson na coletiva de imprensa desta quinta-feira em Suzuka. “Sinceramente, não esperava que isso acontecesse tão cedo. Não foi uma decisão minha, e agora meu foco é tirar o máximo da oportunidade que ainda tenho, que é continuar na Fórmula 1.”

Apesar de nunca ter competido em Melbourne ou Xangai antes, Lawson lamentou não poder mostrar seu potencial ao volante da Red Bull em Suzuka, circuito que ele conhece bem graças ao tempo que passou no campeonato japonês Super Formula.

“Desde o início, estava animado com a possibilidade de correr aqui. Já conheço a pista, tenho uma preparação mais sólida agora, e é um dos meus traçados favoritos no mundo. Estou muito empolgado”, afirmou.

Lawson também contou com o apoio de Max Verstappen, que demonstrou solidariedade ao curtir publicações nas redes sociais que criticavam a decisão da equipe como precipitada. Quando questionado sobre isso, o holandês disse aos jornalistas que “não foi um erro”.

Ao receber a notícia do rebaixamento, Lawson revelou que uma possível volta à equipe principal da Red Bull “fez parte da conversa”.

“De certo modo, é positivo saber disso, mas eu já estava lá, iniciando a temporada. Então, agora, o que me resta é controlar o que posso controlar — que é minha pilotagem. O futuro? Para ser sincero, neste momento não estou pensando muito nisso.”

Mesmo com o baque, o jovem piloto mantém uma visão otimista. Ele lembrou que, há apenas um ano, sequer tinha um lugar garantido no grid.

“Se eu olhar para trás, há exatamente um ano, eu não tinha vaga. Estava aqui, assistindo e torcendo para estar na pista”, contou. “Então, o mais importante para mim agora é estar dentro de um carro.”

Liam Lawson demonstra maturidade diante das incertezas e reforça sua determinação em aproveitar cada chance que tiver. Com o apoio de colegas como Verstappen e o conhecimento adquirido em circuitos como Suzuka, ele se mantém na briga por um lugar de destaque no futuro da Fórmula 1.